O esporte é saúde, e os eventos internacionais esportivos devem promover formas de vida saudável. Isso deve ser uma condição para sua difusão em um mundo que enfrenta epidemias de obesidade e diabetes como um de seus maiores desafios em matéria de saúde pública.
As bebidas açucaradas se tornaram, em muitos países, a principal fonte de açúcares adicionados à dieta da população, especialmente das crianças. Foi demonstrado que essas bebidas, como o refrigerante, contribuem para o desenvolvimento de doenças como a obesidade e diabetes tanto em crianças como ...
O esporte é saúde, e os eventos internacionais esportivos devem promover formas de vida saudável. Isso deve ser uma condição para sua difusão em um mundo que enfrenta epidemias de obesidade e diabetes como um de seus maiores desafios em matéria de saúde pública.
As bebidas açucaradas se tornaram, em muitos países, a principal fonte de açúcares adicionados à dieta da população, especialmente das crianças. Foi demonstrado que essas bebidas, como o refrigerante, contribuem para o desenvolvimento de doenças como a obesidade e diabetes tanto em crianças como em adultos. Uma criança que consome um refrigerante por dia aumenta sua probabilidade de ter obesidade em 60% e de desenvolver diabetes em 26%.
A OMS, assim como diversas organizações internacionais, como a Federação Mundial de Obesidade, o Fundo Mundial para a Pesquisa do Câncer e a Federação Internacional de Diabetes, entre muitas outras, estão recomendando e apoiando medidas para que seja reduzido o consumo dessas bebidas, como o estabelecimento de impostos a esses produtos, a proibição de publicidade dirigida a crianças, a retirada desses produtos das escolas e o estabelecimento de rotulagem frontal que alerte sobre o alto conteúdo de açúcares.
Ao estabelecer a Coca-Cola como seu principal patrocinador, a FIFA está atuando no sentido contrário ao da saúde e dos direitos da infância. Essa empresa utiliza a plataforma da FIFA, de seus eventos internacionais e da Copa do Mundo, para fazer propaganda de seus produtos, associando-os com o esporte e formas de vida saudáveis. A turnê internacional da Copa patrocinada pela Coca-Cola; a promoção de seu consumo em publicidades de todo o tipo vinculadas ao evento; o lançamento de álbuns e figurinhas com os jogadores das seleções nacionais, obtidas ao comprar seu produto; e o uso de estrelas do esporte para fazer publicidade tornam a FIFA e a Copa do Mundo um dos maiores cenários para promover o consumo dessas bebidas.
A FIFA estabeleceu um Conselho de Direitos Humanos e declarou: “A FIFA tem um firme compromisso com os direitos humanos reconhecidos pela comunidade internacional e se esforçará para garantir o respeito a esses direitos”. Mas, na verdade, a FIFA está atentando contra o direito à saúde e os direitos da infância ao fechar patrocínios com empresas que fabricam e comercializam alimentos e bebidas que representam um risco para a saúde.
Promover esse tipo de produto é uma grande irresponsabilidade em um mundo que reconhece a obesidade como uma das maiores ameaças à saúde, especialmente à saúde das crianças.
Pela saúde de nossas crianças, devemos exigir à FIFA que esses produtos não sejam propagandeados em seus eventos esportivos!
Ao enviar esta petição, você estará contribuindo com um esforço internacional para que eventos internacionais de futebol, como a Copa do Mundo, não sejam usados para promover o consumo de produtos não saudáveis como as bebidas açucaradas, que se transformaram em uma das causas principais das epidemias globais de obesidade e diabetes. Você estará contribuindo, especialmente, para proteger as crianças desse tipo de publicidade. O McDonald’s já deixou de patrocinar as Olimpíadas graças aos protestos, agora vamos tirar a Coca-Cola do Mundial de Futebol para que os eventos esportivos promovam estilos de vida saudáveis.
As bebidas açucaradas, como a Coca-Cola, são produtos que, em alguns países, são regulamentados para não estarem presente nas escolas e não serem anunciados para menores de 12 anos, e que já são tributados em várias nações e cidades. Todas essas medidas têm como objetivo conseguir uma redução no consumo, já que hoje é comprovado que apenas uma lata por dia causa danos à saúde.
Ajude-nos assinando esta petição dirigida a Gianni Infantino, Presidente da FIFA, e aos membros do Conselho de Direitos Humanos da FIFA: Lene Wendland, do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Sylvia Schenk, da Transparência Internacional Alemanha, Ignacio Packer, da Terre des Hommes, e Rachel Davis, da Shift.
A FIFA deve ter um compromisso com a saúde, especialmente com a saúde das crianças!